sábado, 8 de maio de 2010

As Fases Lunares










O aspecto da Lua se modifica diariamente. Mas isso se deve tão somente a posição relativa da Lua, Terra e Sol. A cada dia o Sol ilumina sob um ângulo diferente , á medida que ela se desloca em torno da Terra. Um ciclo completo leva 29 dias e meio e se chama mês lunar, lunação, revolução sinódica ou ainda período sinódico da Lua.
Em casa dia da lunação enxergamos a Lua um pouco diferente e assim podemos imaginar cerca de 30 diferentes fases da Lua - mas isso ainda não é o bastante.
Porém, na prática, geralmente apenas quatro fases lunares recebem denominações especiais: são as luas crescente, cheia, minguante e nova.

As fases Crescente, Cheia, Minguante e Nova não duram uma semana, como sugerem alguns calendários. Na verdade elas acontecem apenas num dia do mês e em instantes criticos que correspondem a situações geométricas muito bem definidas na posição relativa entre Sol, Terra e Lua.
No caso dos ''quatros'' (crescente e minguante), um observador vê a metade do disco lunar iluminado. Ou, em outras palavras, a metade do hemisfério lunar voltado para a Terra - o que por sua vez corresponde a 1/4 da superfície lunar iluminada, daí o termo.
Quando é Lua Cheia vemos o disco lunar 100% iluminado. Quando é Lua Nova não a vemos, pois não há luz solar refletida (0% de iluminação). Nos demais dias do mês a Lua não é cheia e nem nova. Ela pode estar crescendo ou minguando, mas enquanto não chegar o momento, ainda não será quarto-crescente nem quarto-minguante.
Uma mesma fase lunar ocorre para o mundo todo, não importa a localização do observador. Porém, elas não são vistas da mesma forma. No hemisfério Norte o aspecto da Lua é invertido em relação ao visto por um observador no hemisfério Sul.


Nova
É quando o hemisfério lunar voltado para a Terra não reflete nenhuma luz do Sol. Dizemos também que a Lua está em conjunção com o Sol. A Luan Nova só é visível durante os eclipses do Sol que, aliás, só acontecem quando é Lua Nova. Nessa fase, o ângulo entre Sol, Terra e Lua é praticamente zero. A Lua Nova nasce por volta das seis horas da manhã e se põe às seis da tarde. Ou seja, ela transita pelo céu durante o dia.

Crescente
Cerca de sete dias e meio depois de uma Lua Nova, a Lua deslocou-se 90° em relação ao Sol e está na quadratura ou primeiro quarto. É o quarto-crescente. A Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe à meia-noite. Seu aspecto é o de um semicírculo voltado para o Oeste. Vista do hemisfério Sul, a aparência do quarto-crescente lembra a letra ''C'', de crescente. Mas no hemisfério Norte, ao contrário, a Lua crescente se parece um ''D''.

Cheia
Passados 15 dias da Lua Nova, dizemos que a Lua está em oposição ao Sol . É Lua Cheia. Os raios solares incidem verticalmente sobre o nosso único satélite natural, iluminando 100% do hemisfério voltado para a Terra. O ângulo Sol-Terra-Lua agora é de 180 graus.
Curiosamente, essa é a pior ocasião para observar a Lua ao telescópio, pois a luz do Sol que incide sobre o satélite quase não produz sombra, o que dificulta o reconhecimento da crateras e outros acidentes do terreno. A Lua Cheia é visível durante toda a noite, nascendo por volta das dezoito horas e se pondo às seis da manhã. Somente numa noite de Lua Cheia pode acontecer um eclipse lunar.

Minguante
Uma nova quadratura surge quando a diferença angular é de 270º. Neste dia, o aspecto da Lua é de um semicírculo voltado para o Leste. A Lua nasce à meia-noite e se põe ao meio-dia, aproximadamente. O quarto-minguante é também conhecido como quarto-decrescente e, vista do hemisfério Sul, a Lua realmente lembra uma letra ''D'' ( de decrescente).
Em qualquer fase intermediária podemos imaginar o lado iluminado da Lua como sendo um grande arco. A flecha dele disparada irá sempre atingir o Sol, indicando sua direção, mesmo que o astro-rei não esteja mais acima do horizonte.

Luz cinérea
Há algo de misterioso na Lua. Um fenômeno que acontece próximo da Lua Nova. Uma claridade tênue, porém marcante, ilumina o lado do satélite que deveria estar no escuro. Esse brilho fantasmagórico dura poucas noites e desaparece quase sem deixar lembranças.
É a lua cinérea (ou luz cinzenta). Por milhares de anos ela intrigou a humanidade, até que um artista italiano de múltiplas habilidades propôs uma explicação para o fenômeno.
A luz cinérea acontece poucos dias antes e depois da Lua Nova, quando a maior parte do hemisfério noturno da Lua está voltado para nós. Como a Terra reflete muito mais luz que a Lua, acaba iluminando o satélite por reflexão. E embora essa luz seja muito mais fraca que a solar, a porção escura da Lua acaba se tornando visível por contraste.
A luz cinérea faz três percursos até chegar aos nossos olhos. Primeiro, ela sai do Sol e vem iluminar a Terra; depois é refletida pela Terra e vai iluminar a face noturna da Lua. Em seguida parte da Lua novamente em direção ao nosso mundo, chegando até você, que está observando o satélite.
Além disso, ela pode variar de intesidade. Quanto mais nuvens envolverem a Terra, maior será a quantidade de luz refletida para a Lua e de volta para nós. Por isso existe relação entre as condições meteorológicas terrestres e a luz cinérea.

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